Bullying e agressão em colégio de Minas Gerais: descubra como identificar os sinais ocultos de violência nos seus filhos e alunos antes que seja tarde demais.
- nenscy3
- 14 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Os pais devem observar sinais de que a criança pode estar sofrendo agressão
Você já se perguntou o que realmente está acontecendo nas escolas do nosso país? Em Belo Horizonte, uma história chocante veio à tona envolvendo um menino de apenas 9 anos. Esse aluno da unidade central do Colégio Santo Agostinho foi vítima de agressão tão brutal que precisará passar por uma cirurgia. E acredite, essa não é uma situação isolada. O Conselho Tutelar e o Ministério Público de Minas Gerais já estão investigando o caso, enquanto os pais da criança lidam com o trauma de ver seu filho passar por tamanha violência dentro de um ambiente que deveria ser seguro.
Os pais, muitas vezes, não percebem os primeiros sinais de que algo está errado. Mas a verdade é que as mudanças no comportamento das crianças podem ser um grito silencioso por ajuda. A psicóloga Kamila Kessia Rocha explica que esses sinais são sutis, mas poderosos. Uma criança antes alegre e extrovertida pode, de repente, se fechar no seu próprio mundo, apresentar distúrbios no sono ou começar a rejeitar a comida. Mas, enquanto muitos acham que se trata apenas de birra ou uma fase, esses sinais podem ser a ponta do iceberg, indicando algo muito mais sombrio: violência física, abuso emocional ou, pior ainda, abuso sexual.
O que muitas vezes fica em segundo plano, mas deveria ser o centro da nossa atenção, são as consequências a longo prazo desses traumas. Estamos falando de cicatrizes invisíveis que podem nunca se curar. Segundo a psicóloga, a curto prazo vemos marcas físicas, mas com o passar do tempo, a criança pode carregar o peso da depressão, ansiedade ou até desenvolver fobia social. A agressão não desaparece quando os hematomas somem – ela fica enraizada na mente e no coração dessas crianças.
Agora, a pergunta é: o que nós, como sociedade, estamos fazendo para impedir que isso aconteça? Kamila destaca a importância de um diálogo franco dentro de casa. Perguntar sobre o dia da criança, como ela se sentiu, se houve algo que a incomodou – esses são pequenos gestos que podem fazer uma grande diferença. Porque, vamos ser honestos, se não abrirmos espaço para elas falarem, como poderemos ajudar?
E se descobrirmos que nosso filho está envolvido, seja como vítima ou como agressor? Ignorar não é uma opção. A psicóloga é clara: buscar ajuda profissional é essencial. Terapia não é apenas para curar a vítima, mas também para reeducar o agressor. Porque sim, até o agressor é produto de um ambiente de violência e precisa de intervenção.
As escolas, por outro lado, também têm um papel crucial nessa batalha. E, convenhamos, não basta apenas cumprir a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) de forma mecânica. Promover empatia, respeito e cidadania nas escolas não pode ser só mais uma atividade da lista. Tem que ser prioridade! Porque uma criança que aprende a respeitar o outro, a se colocar no lugar do próximo, se torna um adulto que faz o mesmo.
Mas a verdadeira prevenção começa dentro de casa. Se os pais brigam constantemente ou demonstram falta de respeito, o que você acha que a criança vai aprender? O ambiente doméstico é o espelho do comportamento que será refletido na escola. Diálogo, respeito e presença ativa dos pais são os pilares para criar uma geração empática, capaz de resolver conflitos sem recorrer à agressão.
Esse caso do Colégio Santo Agostinho é um alerta. Um chamado para que todos nós, pais, educadores e sociedade em geral, prestemos mais atenção ao que realmente importa: nossas crianças. Porque enquanto não cuidarmos delas, esses episódios continuarão se repetindo. A escolha é nossa.
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